20071219

Paixões Estilhaçadas

A tempos eu não escrevo e...
Há tempos em que eu não sinto vontade de escrever.
Tentar me entender, é como tentar entender o modo de vida Klingon, não há como. E tanto eu, como os Klingons, gostamos assim.
Por falar em Klingons, estou passando, melhor, assistindo a todos os episódios da série Deep Space 9, de Star Trek (Assisto a uma agora, enquanto escrevo, episódio número 21, "A Musa").
Nunca fui fanático por Star Trek, mas sempre fui um fã da série, desde a época da série clássica, desajeitada, com mais... violência do que se dizia ter (afinal, clamava-se que a federação era pacífica, mas todos os episódios, ou a maioria, envolvia uma ou outra briga), mas, a série clássica é pra ser... assistida... com a mentalidade de quando foi filmada.
Ah, sim, temos que reconhecer, foi um marco, marcou gerações, pesquisas e diversas outras áreas, mas era apenas um programa de TV. E que programa!
Vejamos, "Série Clássica", "Nova Geração", "Deep Space Nine", "Voyager" e o último dos títulos, "Enterprise", além de ser a marca que possui o maior número de fans no mundo.
E porquê eu gosto de Star Trek, apesar de não ser o ponto desse post, acho que vale uma explicação. Desde criança gosto de pensar no futuro, imaginar novas possibilidades e meios de vida, sempre adorei ficção científica. E o que vimos da ficção científica? Os livros se tornaram, atualmente, insossos, programas de TV, salvo o que cito e o "Dr. Who", não duram sequer uma temporada. A Imaginação humana do futuro está minguando, ou está sombria demais para ser exposta e Star Trek (ou Jornada nas Estrelas), ainda é uma das poucas que, coerentemente, apresenta histórias, sejam meros romances ou ações, mas colocam a ficção científica como o perfeito pano de fundo e ainda colocam nossas mentes a vagar um pouco, produzindo.
Mas essa não é uma paixão, apenas uma opinião e um entretenimento.
Até hoje, creio que posso contar o número de paixões que tive. As três primeiras que posso claramente me recordar iniciaram quando eu era criança, uma com uns seis anos de idade, um garoto do interior vendo diversão eletrônica, paixão à primeira vista, o que claramente levou à segunda, motivado a quebra-cabeças, descobrir que os mesmos jogos eletrônicos que me fascinavam eram desenvolvidos em computadores foi um passo rápido e a paixão por computadores começou cedo.
Já tentei entrar nos negócios dos jogos eletrônicos, mas vivendo no país errado, conhecendo as pessoas erradas, resolvi me afastar, mas a paixão continua, de outra forma.
Graduei como Bacharel em Ciência da Computação, uma área em que poucos entendem, mas que eu sim, entendo e adoro, para infelizmente trabalhar em tarefas que seriam de técnicos, mas as empresas exigem bacharéis, pagando-nos como técnicos. É uma área que eu adoro, mas, meu potencial para ela irá apenas àqueles que merecem.
Mas essas deixaram de ser paixões a muito tempo, pois já fazem parte de mim. Não estão estilhaçadas, pois outros não podem estilhaçar aquilo que você é ou acredita ser e luta para.
Após, mais cinco que posso contabilizar, uma delas foi descoberta aos 8 anos, dormente até os 10, quando comprei meu primeiro disco do Iron Maiden, gerando uma paixão fulminante, não pelo Heavy Metal, mas pela banda, o que eles representavam, as letras das músicas e principalmente a atitude. Essa foi uma paixão que se atenuou, pois, como disse, foi canalizada, porquê Heavy Metal não é nada sem o Rock & Roll, essa sim, fulminante, duradoura... o poder vital que se sente ao ouvir um Foghat tocando "Honky Tonky Woman", ou Humble Pie com "As Safe as Yesterday Is", a diversão de "We are An American Band", do Grand Funk Railroad (A banda favorita do Homer Simpson), sim, aos oito anos a paixão já dava sinais, mas foi apenas aos dezoito que a serpente foi liberada, a porteira aberta e as outras paixões puderam ser estilhaçadas pelo estouro.
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20070301

Dica do Spy:

Seja Irresponsável e Inconseqüente enquanto você não gosta do seu trabalho, pois quando gostar, ser Irresponsável e Inconseqüente vai perder toda a diversão...

20070118

Às Vezes...

Um pequeno e insignificante teste é bom para colocar seu ego (um pouco mais) pra cima...

Your results:
You are Magneto



















Magneto
93%
Dr. Doom
89%
Apocalypse
88%
Venom
81%
Lex Luthor
79%
Catwoman
77%
Mr. Freeze
77%
Dark Phoenix
77%
The Joker
77%
Green Goblin
76%
Mystique
76%
Two-Face
72%
Juggernaut
68%
Kingpin
65%
Riddler
64%
Poison Ivy
58%
You fear the persecution of those that are different or underprivileged so much that you are willing to fight and hurt others for your cause.


Click here to take the "Which Super Villain am I?" quiz...

20060428

Aversão...

Às vezes entro numa onda de Misantropia que me impele a ficar só, não ver/encontrar ou falar com ninguém. Alguns dizem que é incomum, outros, que é comum, eu, por mim, estou acostumado, embora, às vezes, critico algumas pessoas com quem gosto de conversar e que tem o mesmo problema.
Chamem de hipocrisia, mas quando eu quero conversar com alguém que gosto de conversar, sou movido pela birra.
Mas pensando nessa palavra, temos algo muito interessante a discutir. Em inglês, seria Misantropy, para aversão a humanos (ou à humanidade), misinformation, para algum erro (ou até aversão) de informação, misjudge, para erro de (ou aversão a) julgamento...
Capturando o predicado dessas palavras, ou seja, o radical mis, me veio um questionamento muito interessante...
Seria, então, a Miss Brasil, uma mulher que tem aversão ao Brasil? A miss estados unidos, alguém que tem aversão aos estados unidos, a Miss Universo então...
Talvez isso explique porque as/os Misses prefiram muito mais morar fora do país/estado/cidade de origem...
Por hoje talvez seja só...

20060325

seguindo onda...

Minha função como um Robô:


Synthetic Positronic Youth


Juventude positrônica Sintética...
E aí, vamos encher a cara na balada e nos divertir? :1D

20060130

Evolução Inercial

É intrigante observar como está se dando a evolução da humanidade nesses últimos tempos, principalmente quando a comparamos com os tempos passados.
Antigamente poucos eram aqueles que pensavam em como o mundo real era percebido, formulando teorias que ajudaram os cientistas/pesquisadores a, cada um em sua época, impulsionar o avanço da humanidade. Tais pensadores eram chamados de filósofos.
Porém, atualmente é comum vermos que uma área tão importante para a sociedade e para o avanço sofreu uma banalização generalizada, gerando pseudo-pensadores que escrevem obras inúteis influenciando toda uma nova geração que se ilude em pensar serem pensadores. Será que tantos assim são realmente pensadores? Questionando sobre as coisas fundamentais?
Dentre muitas frases em muitos dos livros que já tive o prazer e a oportunidade para ler, nenhuma me fez cogitar tanto quanto duas citadas pelo escritor Frank Herbert no livro "Os Heréges de Duna". Ei-las abaixo:

"A mente não apreende a realidade, ela a reconstrói. E toda reconstrução se torna um quadro externo de referência que inevitavelmente apresenta falhas."
E a outra:
"A disciplina não tende a libertar, mas sim a limitar. Não pergunte porquê, tenha cuidade com o como. O Porquê o leva inexoravelmente ao paradoxo. O Como o conduz a um universo de causa e efeito. Ambos negam o infinito".

Se analisarmos a primeira, vemos que o constante questionamento dos pensadores de antigamente sobre a percepção do real ainda continua sendo um grande objeto de estudos, mesmo que, ao que eu saiba, não haja muitos estudos nessa área ultimamente.
Ao analisarmos a segunda, analisando todas as áreas das ciências e engenharia, é fácil observar que as metodologias de pesquisa continuam as mesmas que há anos.
Podem-se perguntar que nenhum século teve tantos avanços quanto no século XX, ou talvez que a era do vapor (no século XIX) teve uma importância fundamental. Porém, analisando como foram descobertas as ferramentas que impulsionaram ambas as eras (vapor e elétrica/eletrônica), vemos que as respostas não foram obtidas através de questionamentos simples que iniciaram com "como" ou "porquê".
Não discuto a importância fundamental desses dois tipos de questionamento, principalmente para encorajar os jovens a questionar, mas continuar utilizando-os nos manteria nesse processo lento de evolução.
Podem me perguntar, então, como questionar. Bem, não sou filósofo para levantar modos de questionamento... e às vezes eu não questiono da forma tradicional, o que é estranho, pois jamais anotei como eu faço isso... simplesmente penso no problema e quando o questionamento surge é como se a resposta já estivesse alí, incutida na minha mente, algo que me lembra muito a questão da resposta para o universo, a vida e tudo o mais, de Douglas Adams... demora um pouco, mas funciona...
Quando se sabe como perguntar, as respostas aparecem facilmente, continuar questionando na forma tradicional é apenas ser levado pela inércia do modo de pensamento/raciocínio atual. Talvez a próxima evolução não seja a respeito de um invento físico, como a máquina a vapor ou a eletricidade, mas a respeito de se mudar o paradigma de raciocínio e questionamento dos humanos e da sociedade como um tal.
Enquanto isso eu continuo sendo um estranho numa terra estranha.

20051204

Mais ASCII ART

Essa me veio conversando com uma amiga....
O VIOLININSTA (The Violin Player)

o&<

hehehehe

20051201

Fortaleza da Alma

Quando o stress bate, devemos procurar meios de manter nossa integridade.
Muitas vezes acabamos com sequelas ou cicatrizes internas que são praticamente irrecuperáveis.
Quando o stress vem de uma forma muito mais forte, tais cicatrizes se tornam visíveis e para prevenirmo-nos delas devemos levantar a guarda, construir muros psicológicos que nos protegem de algo pior.
Algumas pessoas buscam essa guarda na bebida, outras no sexo, há que procure na violência ou, como em meu caso, na guarda da sagrada privacidade e introspecção, construindo uma legítima fortaleza emocional.
Dessas muitos podem ser levados a crer que a última é a melhor opção, porém, uma fortaleza não é feita apenas para impedir que se invada, mas também para que a fuga seja impossível.
Quando tal fortaleza parte para o plano emocional, a fuga é coagida ou desencorajada. E quando se deseja que alguém entre, a impenetrabilidade se torna razão de uma angústia aguda, que perfura os grossos muros, derrubando, principalmente, as partes que deveriam ficar em pé.
Em suma, torna-se impossível de se demonstrar o que se sente e quando se tenta, a mente se perde em meio a uma turbulência de pensamentos confusos, geralmente afastando a quem se gosta e se machucando ainda mais.
Torna impossível perceber o que os outros sentem por você, pois você não consegue vê-los claramente ou ouvi-los.

Preciso derrubar essa Fortaleza que construí para mim, mas creio que a pessoa que eu escolhi para me ajudar não mais tem esse interesse. E sem motivação, tudo que me resta é me trancar em minhas masmorras, em meio às lamúrias de minha mente.

20051130

Robot Mode in update

Mulheres...
Conseguem transformar o maior medo de um homem em seu maior desejo
E nesse processo trazem uma angústia cortante que nos fazem perder o controle...
Estou ficando cansado disso... vou voltar pro meu modo Robot... pelo menos eles não tem sentimentos.
Erasmus sim, esse foi o maior humano da literatura... e nem de carne e osso ele era.

20051127

Reboot Needed

Acho pouco usual escrever sobre mim mesmo num canto onde o objetivo é escrever sobre idéias e ponto de vista acerca da sociedade, inteligência e um pouco da psique humana, mas vejo que, para escrever o que pretendo, não posso fugir muito disso.
Ultimamente estou em um estado de stress tão grande, que tem me acarretado efeitos colaterais pouco desejáveis, na verdade muito indesejáveis.
Não que stress seja essencialmente ruim. Quando justificado, como nessas semanas que seguem, ele é um fator importante e decisivo no sucesso de um projeto.
Mas quando o stress é injustificado, obtido devido a uma metodologia equivocada de trabalho/tarefas cuja pessoa que delega não entende o motivo de como você as realiza e o coage para realizá-las da forma que ela acha correta, não importando as justificativas, sejam elas válidas ou não, tais efeitos colaterais aparecem frequentemente.
Quem me conhece sabe do que falo, pois deve ter percebido uma mudança de comportamento que ocorre comigo. Mudança essa que está começando a me preocupar.
O nervosismo comum se transforma em uma raiva canalizada, a qual é retro-alimentada justamente por aqueles que a causaram e que evidentemente se tornam alvo, fazendo-os retro-agir, aumentando o stress e consequentemente a raiva.
A mente, lógica e em busca da evolução, torna-se irracional, animalizada, frustrando objetivos e atrasando processos.
Uma interrupção engatilha a raiva contida, a cabeça esquenta, literalmente, a visão se turva, sua mandíbula se pressiona tão fortemente num instinto de auto-preservação para evitar uma besteira que aterroriza aos que presenciam a cena.
E isso me assusta, pois me tira de um estado de calma que aprecio e gosto de preservar, me levando a um estado animalesco. E peço desculpas a algumas pessoas que presenciaram isso (não a todas, pois algumas foram as causadoras).
Uma sugestão, ou pedido, para realizar algo bom, vinda de maneira inesperada, num momento como esse, me deixou confuso, travado, num estado amental (também não sei da existencia dessa palavra) a tal ponto de eu ter que ser esclarecido de coisas que estavam mais que claras e a ponto de, posteriormente, eu me frustrar comigo mesmo por eu me encontrar sem ações para fazer ou sem palavras para dizer, seja de forma clara ou confusa, o meu ponto de vista.
Nisso, algo importante aconteceu, mesmo tendo eu me auto-frustrado (se é que essa palavra pode existir), fiz algo que eu precisava e, apesar de não completo, foi algo que precisava. Espero apenas não ter frustrado a pessoa em questão, tampouco a feito me interpretar erroneamente.
Não estou melhor, tampouco pior, mas sairei desse estado com a ajuda de meus amigos ou me afundarei em uma série de ações causadas por um preconceito de um nicho ignorante da sociedade que acredita estar levando a mesma para a evolução, quando de fato a está levando-a à beira do abismo.
Preciso de uma lobotomia... ou, na pior das hipóteses, pois já acho que não consigo passar no teste de Turing, de um reboot...

20050909

Insanity Mind on the Way

Pois bem... resolvi dar o pontapé inicial para meu grande projeto.
O que seria? Simples, uma obra literária, para jovens e adultos que gostam de ficção científica e fantasia, entrelaçada com livros técnicos que podem ser referenciados e utilizam uma linguagem semelhante à das obras, mas sem perder a conotação científica.
Sim, eu sei, vai ser um trabalho do cão, montar o universo, criar as estruturas, definir a personalidade dos personagens, montar o(s) enredo(s) (sim, serão + de 1 livro), etc.
Mas no final vai valer a pena, mesmo que ninguém (além de mim) goste. Afinal, um livro deve ser escrito da maneira como você gostaria de ler uma história ou uma obra, assim como disse C.S. Lewis: "Eu escrevi as Crônicas de Nárnia como se fossem livros que eu gostaria de ter lido quando jovem".
Mas deixar tudo coerente não é tarefa fácil... ainda bem que exisem ótimas ferramentas pra eu utilizar como muletas... e viva essa era da informação.
Espero lançar o 1o. Volume até o final do ano que vem, se tudo der certo e nada atrapalhar meus planos.

20050818

Acordem

Já fui sonhador, já fui Idealista
Já fui católico, já fui Paganista
Já fui romântico, já fui realista
Hoje sou pessimista e ...
pra essa gente deixar de ser besta...
Acorda povinho inútil... utopias só são
encorajadas quando aqueles que se julgam
seus "superiores" não querem que vocês
pensem ou ajam.
O amor não existe, foi criado para torná-lo
um cordeirinho manso.
O Idealismo é um falso ideal, e esse tb não
indica muita coisa, pois ideal cada um tem o
seu e seguir o de outro é se submeter à sua mente.
A fé é crer fielmente em algo que você sequer
entende, entende as implicações disso?
Os sonhos são os mais próximos do que está
certo, mas eles certamente colocariam o mundo
num caos incontrolável... (não que eu não goste...
acho que ia ser bom... porquê não tentar?)...
ACORDEM!!!!!!!!!

20050817

Réquiem para Vários Sonhos

Recentemente lí um artigo, intitulado "Réquiem para o Futuro", que discute o que aconteceu com aquele futuro que nos era apresentado pelos livros de Ficção Científica que lemos ainda quando criança. Onde estão as viagens espaciais, onde estão as colônias espaciais e todas aquelas maravilhas que incutiam em nossa mente?
Assim como várias crianças, já sonhei em ser astronauta, mas hoje vejo que seria uma área pouco "divertida" ou desafiadora, não vamos a Marte, tampouco à lua. Limitamo-nos a ir e voltar de uma estação espacial falida e as notícias mais marcantes são as de que o ônibus espacial pousou com segurança ou que uma companhia privada está levando passageiros para o espaço por "míseros" US$ 100 mil.
Esse foi um dos meus sonhos... não está no passado, mas certamente, com esses eventos presentes, deixa de estar no futuro, torna-se apenas um desejo impensável de busca por aquilo que não conhecemos.
Como outros, mais nerds, sonhei em ser "Cientista Louco", daqueles que criam coisas... foi o que me levou à área computacional, o que me fez seguir uma carreira acadêmica para descobrir coisas novas.
Quando entrei para a Academia, ainda como estudante de Graduação na Universidade Federal de Uberlândia, fui encorajado por muitos professores a pesquisar, correr atrás de informação, aprender a partir de informações já existentes e criar novas informações a partir de idéias e ideais. Um sonho em realização.
Entro no programa de Mestrado em 2001, mais um grande passo, realizo pesquisas em Computação Gráfica para produção de um arcabouço (framework) que visa auxiliar a produção de jogos e software com gráficos 3D e animação, mas meu orientador não mais se interessa por essa área, me orienta à distância e se afasta do projeto. Não o divulga, não o conduz como deveria ser... e vem a primeira decepção, trabalho (ainda) no limbo.
Findo o Mestrado e entro no mercado de trabalho, ainda em busca do sonho, saio do emprego e sou recrutado como prestador de serviços em um dos laboratórios mais prestigiados do país, em uma Universidade Pública considerada de inegável (?) qualidade, o que traz reânimo para esse cérebro ainda ávido.
Porém, em projetos desenvolvidos, a frase que mais ouço é "foque no produto e não na tecnologia", "devemos nos ater a uma metodologia de produção", "o laboratório é um recurso escasso e não pode ficar aberto após determinada hora, portanto, todos tem que sair".
Pois bem, quando se trabalha com pesquisa não se trabalha no desenvolvimento de um produto, mas sim no de tecnologia, no de conhecimento. E se não há tecnologia para que o produto funcione, ela deve ser desenvolvida. A metodologia utilizada é de pesquisa, nunca deveria ser uma metodologia de produção, pois a última implica em acelerar o processo de desenvolvimento para, em um tempo determinado e geralmente curto demais, entregar um produto, o que, mesmo quando essa metodologia de produção não ocorra, entra em conflito com a últia sentença, pois um pesquisador, quando em processo de pesquisa, frequentemente não pode dada uma determinada hora largar seu trabalho para continuar no dia seguinte como se fosse um burocrata da área pública assinando e revisando documentos. O cérebro não funciona dessa maneira, as questões perduram e caso não haja um ambiente adequado, as pesquisas, levadas dessa forma, estarão perdidas.
O que acontece com os pesquisadores atuais? Deixaram de ser cientistas para virarem burocratas? Documentando todo e qualquer detalhe do processo, através de um formalismo burro, que coloca o pesquisador em uma fôrma, moldando-o a seu bel prazer, impedindo uma análise abstrata para uma compreensão mais ampla do problema, a qual produz resultados satisfatórios em detrimento a resultados rápidos, incompletos, incorretos e sobretudo ineficazes que se tem verificado nesse novo modelo de pesquisa.
Estariam as cabeças (realmente) pensantes em risco devido aos altos egos dos gerentes de projeto, gerentes de laboratório que, antes de mais nada, pelo que tenho percebido, são os burocratas que desejam provar sua "superioridade" e serem "promovidos" para, nesse sistema capitalista, terem uma vida melhor?
É mais um sonho que está morrendo... me restam alguns poucos mais, como a música, mas ainda essa, com a população, conivente com a mídia, promove cada vez mais, a cada dia, compositores menos que medíocres, dando-lhes rios e rios de dinheiro, enquanto que aqueles que mereceriam pela criatividade e qualidade de seus trabalhos estão trabalhando pesado para conseguirem pagar o aluguel e colocar um pouco de comida na mesa...
Dessa maneira, se o mundo não parar para que eu possa descer, eu pulo...

20050801

Resenha Sin City

De todas adaptações de quadrinhos para o cinema, nenhuma foi tão fiel quanto Sin City.
Sua filmografia certamente revolucionará o modo em que as adaptações serão feitas a partir de agora, o visual, preto e branco com algumas cores quando relevantes, assim como na obra em quadrinhos, deu um toque especial à história.
Quanto à História, não creio que tenha havido outro escritor, mesmo literário, cujas idéias expressaram tão bem uma sociedade decadente como reflexo de um sistema político corrupto, expresso no personagem principal, a própria cidade de (BA)SIN CITY.
As três histórias, densas, captam as possíveis resoluções do que poderá vir a ser a nossa sociedade num futuro não muito distante. Destaque em especial para dois dos contos apresentados no filme: A do arruaceiro Marv, em busca de vingança, justiça e fuga, por uma prostituta e a do detetive Hartigan, em busca de justiça por crimes cometidos pelo filho de um dos homens mais poderosos de Sin City.
Em minha opinião, o filme só não tem nota maior que 10 porque a métrica natural limitou assim, pois se pudesse... teria nota 1000.
Spy